CBF anuncia um Dunga diferente para reerguer uma seleção fragilizada com a campanha na Copa do Mundo do Brasil
Dunga ganha nova chance na seleção
Dunga
foi confirmado como novo treinador da seleção brasileira nesta
terça-feira, 22, em coletiva de imprensa realizada na sede da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. Comandante
da equipe de 2006 a 2010, o ex-jogador retorna ao cargo com a missão de
reerguer um time fragilizado com a campanha na Copa do Mundo do Brasil –
quarta colocação com direito a goleada de 7 a 1 para a Alemanha, na
semifinal, e nova derrota por 3 a 0 para a Holanda.
"Ficou
demonstrado através de números, e não apenas de palavras, que ele
possui todos os requisitos e toda a capacidade para dirigir novamente a
seleção brasileira", disse José Maria Marin, presidente da CBF. "É um
homem experiente, preparado, e todos nós dessa mesa temos plena
confiança no trabalho que ele pode desempenhar", completou.
A
negociação para fechar com o substituto de Luiz Felipe Scolari
aconteceu em menos de uma semana. Novo coordenador-técnico da CBF,
Gilmar Rinaldi iniciou as conversas com o aval do presidente da
entidade, José Maria Marin, e do futuro comandante e atual mandatário da
Federação Paulista, Marco Polo Del Nero. Rinaldi finalizou o acordo com
Dunga rapidamente. O capitão do tetra de 1994 ganha nova chance na
seleção.
Em 2006, o treinador foi contratado pelo
então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Dunga também tinha o
objetivo de comandar uma recuperação do futebol brasileiro, eliminado da
Copa da Alemanha nas quartas de final, pela França. A missão será a
mesma para o técnico neste momento: ser linha dura.
A
prioridade é manter os jogadores focados apenas em treinos e jogos, e
também que ações de patrocinadores e mudanças de visual sejam limitadas.
Além disso, o plano é superar o descontrole emocional demonstrado pelo
grupo durante a Copa-2014.
Mesmo sem experiência
como técnico após se aposentar, Dunga liderou uma seleção que conseguiu
bons resultados e títulos: o Brasil garantiu a Copa América de 2007 e a
Copa das Confederações de 2009 e também terminou as eliminatórias para a
Copa-2010 na primeira colocação. O temperamento forte do ex-jogador,
com respostas ríspidas e pouco interesse em evitar confrontos, também
foi marcante durante a sua passagem pela CBF.
Time-base
de 2010 comandado por Dunga: Lúcio, Júlio Cesar, Juan, Maicon, e
Gilberto Silva; Felipe Melo, Michel Bastos, Robinho, Elano, Kaká e Luís
Fabiano
O Mundial da África do Sul
marcou a derrocada de Dunga. Uma derrota por 2 a 1 para a Holanda nas
quartas de final da competição determinou a sua demissão.
Dunga
deixou o cargo de treinador da seleção em 2010, com 60 partidas – 42
vitórias, 12 empates e seis derrotas. Mano Menezes o substituiu, mas não
teve sucesso e acabou demitido em 2012. Luiz Felipe Scolari foi o
escolhido para comandar a seleção brasileira na Copa das Confederações e
na Copa do Mundo, ambos os torneios disputados dentro de casa.
A
CBF entende que Dunga fez um bom trabalho nos quatro anos em que esteve
à frente da seleção brasileira. Esse foi um dos fatores que
determinaram a escolha da dupla Marin-Del Nero. Após passagem pela
equipe nacional, o treinador teve apenas mais uma experiência como
treinador. No Internacional, de janeiro a outubro de 2013, o ex-jogador
venceu o Campeonato Gaúcho, mas acabou demitido após quatro derrotas
seguidas no Campeonato Brasileiro. (Com informações do UOL, no Rio de Janeiro).
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