Ex-prefeito Eider Medeiros e a ex-primeira dama Jaqueline
Medeiros
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A Operação Máscara Negra deflagrada pelo Ministério Público em todo o Brasil no último dia 9 de abril, em alusão ao dia nacional contra a corrupção, repercutiu em todo país, especialmente no Rio Grande do Norte que teve os municípios de Macau e Guamaré como alvo de investigações.
O município
de Alto do Rodrigues foi citado em matéria publicada no dia 18 de abril pelo
portal JH (Jornal de Hoje) de Natal, sobre a existência de indício de
superfaturamento na gestão do ex-prefeito Eider Medeiros, que gastou, segundo
afirmou a publicação, meio milhão de reais só com trio elétrico.
Documento oficial comprova os valores. Clique na imagem para ampliar |
Contrato com a Banda Grafith Clique na imagem para amplicar |
No mesmo
ano, por intermédio do atual secretário adjunto de Comunicação Social de Alto
do Rodrigues, Giovani Filho, a Banda Grafith se apresentou por um cachê de R$
17 mil reais, para festejar a vitória do então prefeito eleito, Abelardo
Rodrigues.
O mais
curioso é que o cachê pago a banda Grafith para fazer a mesma apresentação e na
mesma cidade, é três vezes menor que o valor de uma só apresentação do grupo
musical feita durante a gestão do ex-prefeito Eider Medeiros.
Panorama do Alto
Eis a matéria na integra…
Os gastos públicos com festas em Guamaré
e Macau foram notícia em todo o Brasil – passou até no Fantástico, da
Rede Globo – depois da Operação Máscara Negra, que apura desvio de
recursos por meio de shows superfaturados ocorridos nas cidades.
Contudo, esses não são os únicos municípios a levantar suspeitas de
irregularidade. Além deles, é possível destacar também os gastos feitos
em Alto do Rodrigues em 2012, que também representaram quantias
elevadas. Para se ter uma ideia, só com trio elétrico, foram gastos
quase meio milhão de reais.
O trio em questão foi contratado pela
Prefeitura Municipal, na gestão anterior, para o evento das festividades
de emancipação política e Alto Folia. Custou aos cofres públicos,
exatamente, R$: 468 mil. Para se ter uma ideia do indício de
superfaturamento, neste ano, a gestão atual contratou para as mesmas
festividades dois trio-elétricos, sendo um trio e um carro de apoio,
pela quantia de R$ 41,7 mil.
Na gestão do ex-prefeito Eider Medeiros,
segundo documentos oficiais, se gastou R$ 146,9 mil somente com a
decoração da cidade no ano passado. Neste ano, o atual prefeito optou
por não decorar a cidade, pelo fato de não ter incluído os gastos com a
decoração na planilha de custos que foi entregue, antes das festas, ao
promotor de Justiça local, Marcos Adair.
Somente com os fogos de artifício foram
gastos outros R$ 71 mil, além dos cachês milionários pagos as bandas na
ordem de R$ 787,5 mil, destinados ao empresário Frederyco Alexandre
Figueiredo, contratado para organizar e apresentar as bandas.
Ainda no mesmo ano de 2012, a prefeitura
promoveu um carnaval modesto nas atrações, porém considerado de “alto
custo”. Foram contratadas bandas com artistas locais, no palco, às
margens do rio Açu, somente no período da tarde, entre o sábado e a
terça-feira de carnaval, e na quarta-feira de cinzas.
Em 2012, a empresa Edvanio de Oliveira
Dantas, conhecido como Ed Oliveira, um dos investigados na Operação
Máscara Negra, responsável por intermediar os contratos da prefeitura de
Alto do Rodrigues com o Grafith, cobrou por três apresentações da
banda, a quantia de R$ 174 mil. Ou seja: quase 60 mil por show.
Na ação em Macau, inclusive, “Ed
Oliveira” é apontado como o responsável pela intermediação ilegal da
Banda Grafith no Carnaval 2012, sendo a contratação comprovadamente
superfaturada; não é o empresário exclusivo da banda, mas intermediou a
contratação em Macau. Recentemente, também passou a representar outras
atrações perante o município, sempre celebrando contratos de valores
vultosos, o que denota que ele possivelmente está envolvido no suposto
“esquema” de superfaturamento dos contratos firmados com o Município de
Macau.
Para o Alto Folia, porém, chegou a
anunciar a contratação do cantor sertanejo Luan Santana, um dos cachês
mais elevados do Brasil na época. A avaliação negativa e as críticas por
contratar um show de alto custo diante da situação de seca da cidade
fizeram a Prefeitura, depois do contrato assinado, cancelar a atração
musical, que custaria R$ 386 mil a gestão municipal.
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